09/10/07
15/07/07
Nem tudo o que parece, é.

Para rever, portanto.
Adenda: por falar nesse rectangulozinho, que é a região do Algarve, cada vez mais se assemelha a um cartaz de publicidade onde o que reluz são apenas as bordas, como aqueles anúncios de néon cor-de-rosa, verde-shock ou amarelo ranhoca. Tudo o que está no interior do rectângulo é ignorado, ninguém olha para o que lá está. Ao ser atravessado de carro faz parecer um mergulho feito entre duas bolsas de ar. Parece completamente abandonado, no entanto é Algarve, também.
Li, no outro dia, uma crónica de má ventura que falava desse interior algarvio desértico, da serra de Monchique, onde nem as actividades dos antigos, que se tornaram tradições e meios de sobrevivência, são deixadas em paz pela ASAE. Tratava-se da fiscalização do fabrico das aguardentes de medronho das serras algarvias, ainda levado a cabo pelos velhotes nas suas intrínsecas e imensas sabedoria e paciência. Contou-se que um desses idosos, após o veículo da ASAE ter abandonado o monte, pegou numa corda e deitou-a ao pescoço. Morreu.
É triste.
Do Algarve, este ano, só levo o sabor da água quente, das falésias e do queijo de figo.
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Victor Figueiredo
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12/07/07
O Pintor de Batalhas
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24/04/07
exit
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11/04/07
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04/02/07
Florença, Um Caso Delicado
Recordemos: esta foi a cidade iniciática do Renascimento e tem, numa área tão pequena, 5% do património mundial classificado pela UNESCO. Espantoso, no mínimo.
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28/12/06
13/12/06
Novembro em Veneza

Não estaria, com certeza. Mas como se refere no livro, perante a fachada do Hotel des Bains e as praias defronte, consegue-se recriar mentalmente todo o ambiente de “A Morte em Veneza” de Thomas Mann, com um absorto Aschenbach numa cadeira de praia, contemplando Tadzio, o belo jovem polaco, a correr no mar do Lido.
Isto a propósito do livro “Os Dias de Veneza” de Eduardo Pitta, cujo título me seduziu logo à partida, ou não tivessem passado somente 3 semanas após a minha viagem a Veneza.
Li-o, e adorei, confesso. Mais adoraria se tivesse passado por todos os locais de Veneza referidos e visitados por Eduardo Pitta. A colecção de Peggy Guggenheim e o Museu Correr – o “Louvre do sítio", são dois bons exemplos.
Ao contrário do escritor, não senti Veneza à noite - sobretudo a Praça de São Marcos como tanta vez se repete por aí - e todas as reverberações que esta possa reflectir, sejam sons de um violino ou de uma qualquer “toccata” (posso acrescentar que nesse aspecto, enchi a barriga com a voz límpida de uma soprano, entre as fachadas nuas das Uffizi em Florença). Não observei, na penumbra, o recorte dos pináculos das cúpulas da Basílica de São Marcos, nem o volume do Palácio dos Doges que decerto preserva no escuro a brancura calcária sob o efeito do luar. Ficam para segundas núpcias...
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12/12/06
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04/12/06
Memórias de Florença

O filme de James Ivory, “Um quarto com vista” baseado no livro de E.M. Forster, ilustra muito bem este enquadramento urbano, incluindo também referências aos patos-bravos de guia na mão e pescoço levantado, que durante as poucas horas entre Veneza e Roma, são desempacotados em "Firenze" à procura do "essencial" florentino. Ou então, voltando aos filmes: “Paixão em Florença” de Philip Haas – “Up at the Villa”, baseado na obra de William Somerset Maugham.
Florença é assim, ao contrário de Roma. Com algum ânimo (que não deve faltar, e alguma forma física) num raio de 3 kilómetros, percorremos, por entre os demais turistas (baixinhos e de olhos em bico..., seguindo fielmente os guias “palradores”), os 5% de património mundial classificado pela UNESCO. É impressionante esta densidade de obras-de-arte e de património arquitectónico, numa cidade com cerca de 350.000 habitantes.
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11/11/06
10/11/06
Norte de Itália
Ícones da arquitectura de algumas das mais conhecidas cidades do inebriante norte de Itália, edificados no período do renascimento. Pisa e Veneza, nas fotos. Muitas outras se poderiam juntar: Florença, Milão, Génova, Roma, etc...(embora Roma - Lázio -, seja no centro da península). Poderia ser feita uma lista mais ou menos completa da arquitectura que caracteriza este período em várias cidades igualmente importantes: - Santa Maria das Flores (Catedral de Florença), Palácio dos Strozzi, Florença - Igreja Santa Andrea, Mântua - Palácio dos Duques, Urbino - Palácio Farnácio e Basílica de S. Pedro, Roma - Biblioteca da Praça de S. Marcos, Veneza.
«Não se trata somente de uma arquitectura de cada obra tomada individualmente mas de uma nova concepção de toda a cidade em que têm lugar essas obras: daí as vastas demolições no séc. XV e XVI, em cidades italianas.» este aspecto pode ser comparado com a renovação da baixa lisboeta na fase pós-terramoto (1755), pelo Marquês de Pombal. Foi um processo resultante de uma necessidade inadiável, visto muitas edificações se encontrarem parcialmente destruídas. Uma causa natural - catastrófica -, no caso português.
No caso italiano, as edificações encontravam-se em utilização, apesar das condições precárias. A causa ideológica civilizacional italiana, que originou esta "explosão", como se verifica, foi causa suficiente para implementar o processo renascentista que obrigou às vastas demolições ; «Há que acrescentar mais uma coisa. Este processo invulgar não resultou simplesmente da inspiração, do instinto ou do "jeito". Pelo contrário, tudo é reflectido; pensado conceptualmente e organizado. É neste exemplo que se insere o exemplo - clássico - do grande florescimento da literatura sobre a arte, a arquitectura e a poesia.» Otto Zierer, Pequena História das Grandes Nações - Itália.
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06/11/06
Novas regras no transporte de líquidos em viagens aéreas

«Ao fazer as malas:
Ao passageiro apenas é permitido levar pequenas quantidades de líquidos na sua bagagem de mão. Estes líquidos deverão estar em recipientes individuais com uma capacidade máxima de 100 mililitros cada. O passageiro deverá embalar estes recipientes dentro de um saco de plástico transparente e resselável cuja capacidade não deverá ser superior a um litro por passageiro.»
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20/10/06
Olha a túnica, fresquinhaaaaaaa ! são as últimas...

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10/08/06
O mês dos franceses
Não será de todo errado designar assim este modorrento mês, onde metade do país está de férias e a outra a meio gás. Para colorir o ambiente e alegrar os comerciantes, sobretudo nas regiões do interior, surgem todos os anos nesta altura, milhares e milhares de peugeot´s, renault´s e citroen´s com chapa amarela gaulesa, que largam os emigrantes e os filhos na “santa terrinha”, de visita aos parentes que estão “au Portugal”.
Tal foi o caso ontem, numa esplanada, quando uma esbelta “petite française” relatava, em francês, as suas magníficas aquisições de vestuário enquanto as amigas inquietavam-se com o preço e com os modelos, insurgindo-se de repente um rapazote, já espigado, de boné à “Boy George”: <…olha, se fosses à feira na terça, era ainda mais barato, car*****!>
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02/08/06
Exodus
Curiosa ideia esta do Al Gharb como destino inevitável, que por força da gravidade nos é imposto por quem levantou a tábua. E que fluidez a da debandada – mais ou menos ordenada – exceptuando os mais viscosos que como bem refere, por pobreza ou por trabalho ficam agarrados ao mesmo sítio. E que dizer dos outros que pelas máquinas voadoras contrariam a gravidade rumando aos mares do atlântico-sul, espalhando uma saloiice insolente quando experimentam a agradável novidade de sentirem o poder do valor dos euros que levam no bolso – e, sabe Deus em quantas prestações estão a pagar essa viagem.
Claro que se a dita faixa, o Algarve, onde após umas horas de viagem já todos se acotovelam na fila do café ou na escada da piscina, se estendesse até à antiga Gadir ou se as suas condições climáticas excepcionais se clonassem para a faixa entre Espinho e Caminha, o discurso já era outro (ou não?).
Pois não será isto uma questão de mais 50/60 km de faixa, ou da sua localização no fundo do tapete nacional? (Espreita aqui agora também, um outro perigo, que é o da ocupação da apetitosa costa vicentina…).
Pena será a minha e a de outros, não ter a fortuna de viajar constantemente como faz JPP, para palestrar ou investigar em qualquer local do nosso rectângulo, ou lá fora. Pena será não irmos de quando em vez a Budapeste ou a Bruxelas soltar o tédio de uma secretária, de uma oficina, de um balcão, de um tear ou até de um esteiro. Dêem-me um fim de semana dedicado às livrarias de Bucareste a ver se eu recuso!
Não, a minha perspectiva é outra, é a da escapatória, é o afastamento condicional do presídio, de uma certa tristeza que me amarra aos mesmos mecanismos, às mesmas ruas, às mesmas cores, todo o tempo.
Aproveito para uma fazer uma transcrição do livro Exodus, de Leon Uris:
«Esta noite é diferente porque celebramos o momento mais importante do nosso povo. Nesta noite celebramos a sua partida, em triunfo, da escravidão para a liberdade.»
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Victor Figueiredo
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20/07/06
Snorkeling
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15/07/06
Bonjour Tristesse
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14/07/06
As Férias com um Livro
Ajudem-me a evitar esta conversa:
(…) Enquanto se ajeitam as malas no porta-bagagens, vejo uma malinha extra, daquelas de mão, e pergunta-se:
- para que é mais uma mala?
- são os livros...! sabes como é, leva-se um carrego e só se lê um ou dois.
- pois, percebi…já devíamos saber que o tempo que pensamos ter para ler é uma treta. Ele é os miúdos, é a piscina, é o sol, é a areia, são os ralos que não se calam, são as cigarras, é o peso do livro que escorrega das mãos cheias de creme…enfim só mesmo à noite, e à noite estamos estoirados e a sede e a preguiça apertam, e não vamos ter leituras tão diferentes daquelas que temos ao longo do ano. Que mania, pá! (…)
Apesar do que se diga ou do que se pense, nas férias há sempre um pouco mais de tempo sobrante para leituras. Por isso, e por se saber que vai haver tempo para colocar muitas leituras em dia, e que amargamente julgamos que já deviam ter sido feitas, os livros para férias têm que ser bem seleccionados, e os critérios passam pelo seu peso e volume, e pela sequência coerente do que andamos a ler.
Voltando às escolhas, como tiro de última hora, mesmo não estando na foto, coloco ainda nas possibilidades o velho Henry Miller com "Os Livros da minha Vida". Li umas páginas na Livraria da Praça, onde este escrevia, entre outras coisas de interesse, o seguinte "Qualquer pessoa com a barriga cheia de clássicos é um inimigo da humanidade.”
Calma Niño, calma
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Victor Figueiredo
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15/06/06
Países do nosso globo que já conheci
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