Nem tudo o que parece, é.
Antes de zarpar para o outro rectângulo transversal, lá no sul, lembrei-me deste filme rodado na costa mediterrênica francesa. De comum nem o mar têm, nem os turistas que aí se apresentam. Apenas a época estival, o azul da piscina e o elástico do fato de banho. As ilações estão à disposição. It´s crime time.
Para rever, portanto.
Adenda: por falar nesse rectangulozinho, que é a região do Algarve, cada vez mais se assemelha a um cartaz de publicidade onde o que reluz são apenas as bordas, como aqueles anúncios de néon cor-de-rosa, verde-shock ou amarelo ranhoca. Tudo o que está no interior do rectângulo é ignorado, ninguém olha para o que lá está. Ao ser atravessado de carro faz parecer um mergulho feito entre duas bolsas de ar. Parece completamente abandonado, no entanto é Algarve, também.
Li, no outro dia, uma crónica de má ventura que falava desse interior algarvio desértico, da serra de Monchique, onde nem as actividades dos antigos, que se tornaram tradições e meios de sobrevivência, são deixadas em paz pela ASAE. Tratava-se da fiscalização do fabrico das aguardentes de medronho das serras algarvias, ainda levado a cabo pelos velhotes nas suas intrínsecas e imensas sabedoria e paciência. Contou-se que um desses idosos, após o veículo da ASAE ter abandonado o monte, pegou numa corda e deitou-a ao pescoço. Morreu.
É triste.
Do Algarve, este ano, só levo o sabor da água quente, das falésias e do queijo de figo.
Para rever, portanto.
Adenda: por falar nesse rectangulozinho, que é a região do Algarve, cada vez mais se assemelha a um cartaz de publicidade onde o que reluz são apenas as bordas, como aqueles anúncios de néon cor-de-rosa, verde-shock ou amarelo ranhoca. Tudo o que está no interior do rectângulo é ignorado, ninguém olha para o que lá está. Ao ser atravessado de carro faz parecer um mergulho feito entre duas bolsas de ar. Parece completamente abandonado, no entanto é Algarve, também.
Li, no outro dia, uma crónica de má ventura que falava desse interior algarvio desértico, da serra de Monchique, onde nem as actividades dos antigos, que se tornaram tradições e meios de sobrevivência, são deixadas em paz pela ASAE. Tratava-se da fiscalização do fabrico das aguardentes de medronho das serras algarvias, ainda levado a cabo pelos velhotes nas suas intrínsecas e imensas sabedoria e paciência. Contou-se que um desses idosos, após o veículo da ASAE ter abandonado o monte, pegou numa corda e deitou-a ao pescoço. Morreu.
É triste.
Do Algarve, este ano, só levo o sabor da água quente, das falésias e do queijo de figo.
1 comentário:
Boas férias.
ZT
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