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06/07/07

Paris Je T´Aime (Snow Patrol - Open Your Eyes)

Nos últimos tempos, não vi melhor vídeo que captasse a essência ou o verdadeiro espírito da vida parisiense dos anos 60, como o da foto. Neste vídeo dos Snow Patrol, rodado ao crepúsculo parisiense, por alguém nos anos sessenta, somos colocados dentro de um carro percorrendo as artérias da cidade-luz, onde os elementos dominantes são as fachadas que passam umas atrás das outras, gravando na memória imagens instantâneas, como clarões, esbatidas da velha, mas elegante Paris, enfeitada por carros de boa memória que marcaram uma época ; elas estão lá, nós sabemos quais são, Simcas, Citroen´s bocas de sapo, Peugeot´s 404, dois cavalos, pulvilhados por pombas que levantam voo à nossa passagem. Enfim, pedaços de uma França aparentemente perdida no tempo que nunca mais se há-de reaver, de onde só restam ecos da revolução de 68, desse Maio, vivo e imortalizado na memória de tantos franceses.

A contrastar a música é tipicamente britânica, mas para mim as imagens foram fortes demais, ficando a melodia, naquele ritmo frenético, arremessada para um segundo plano. Só me agarrei aos que os olhos viam, transportando-me por um breve período para o filme de Bertolucci - Os Sonhadores. Quem ainda se lembra? Quem viu esse filme e dele não se lembrar, digo com convicção que os verdes anos, os da verdade e da ilusão, para esses, não contam. Uma juventude que não conta é prenúncio de uma vida cinzenta que não colhe.
A propósito: um filme: Paris Je T´Aime, estou em pulgas para o ver.

Este vídeo, no final, arrebatou-me. Recorro também a lembranças do Fabuloso Destino de Amélie. A escadaria do Sacré-Coeur como fundo, a vista de topo sobre a cidade envolta na bruma das 6 da manhã, e um rendez-vous : "C´était un rendez-vous avec une jeune fille française". (Foi um clarão de luz na madruga. Recuei eu também, alguns anos para a minha Coimbra, para a irreverência, a academia...)

13/04/07

A época das feiras começou

Feira do Livro em Coimbra - Praça da República - 19 de Abril a 6 de Maio.

Horário:
Domingo a Quinta: das 15h00 às 23h00 Sextas, Sábados e véspera de feriados: das 15h00 às 24h00.

Pena é a meteorologia andar como anda..., é mau para a queima..., mas nem por isso para a feira que todos os anos é realizada numa enorme tenda que ocupa a "rotunda" da praça.
Quando lá andava pouco ou nada ligava à feira, aliás, achava sempre que "aquilo" ocupava muito espaço necessário para o pessoal se espalhar à vontade. Em vésperas de queima a afluência àquela zona era enorme, isso porque na envolvente existem locais de diversão que atraem muita gente: "A Casa da Madeira" e a "A Via Latina" são os melhores exemplos.
Actualmente, em Maio, vou a Coimbra e à Praça para visitar a feira do livro, e se depois quiser ir beber uma cerveja ao "Cartola" já ninguém me acompanha... :)

29/09/06

Grande Tensão na Redacção do Público *


A notícia que se tem lido desde o início da semana nos principais diários do país, à excepção de O Público, é a seguinte: Grande Tensão na Redacção do Público*.
Mais uma situação apreensiva que coloca na corda-bamba um jornal que aprecio, sobretudo devido a alguns cronistas que lá escrevem, e pelo Mil Folhas também.
Acontece que a direcção do jornal - empresa do grupo SONAE -, está a rever a sua política editorial, e à conta disso vai deixar no desemprego cerca de meia centena de funcionários.
A Internet, o aumento de leitores em jornais gratuitos, e naturalmente a concorrência, propicia esta situação obrigando à recriação dos jornais, que poderá passar pela circulação gratuita, menor tiragem, apenas com manchetes e títulos a condimentar o pequeno naco noticioso, para depois, no site, aceder ao conteúdo; ou melhor: à refeição por completo, a pagar, claro.
Nesta direcção vai apontando o futuro da imprensa escrita, a passar, num futuro próximo, por blog´s e aparentados.
* (título retirado da edição de segunda-feira do Correio da Manhã).

20/09/06

Nascer e morrer em Coimbra

Lembranças diferentes começam a cimentar na minha memória, a minha íntima Coimbra, chegada a altura em que começo a olhar para a minha passagem coimbrã com os primeiros memoriais a guardar com aquele travo nostálgico, que agora me percorre e arrepia como se um caloiro voltasse a ser, naquela Praça Velha.

22/08/06

David e Golias

A câmara de Coimbra deliberou a proibição da circulação de resíduos perigosos numa estrada municipal.
O seu presidente, Carlos Encarnação, diz que está a lutar com as suas armas, respondendo assim à dispensa da avaliação de impacte ambiental, concedida pelo governo. Refere também que foi eleito por pessoas, e neste caso, por pessoas que não querem que os resíduos passem às suas portas.

É sabido que a última avaliação é de 1998 (!), e concluiu que a queima podia ser realizada sem prejuízo do ambientente e da saúde. Mas é de 98! Por isso, como o governo se escondeu atrás de um despacho de "dispensa", Encarnação foi esperto, utilizando as poucas armas que tinha, abrigando-se ele também, atrás de uma deliberação da Assembleia Municipal - que vai ser "sol de pouca dura".

Condenável, todavia, é a política de contornos incertos do governo, em zig-zag, e acirrada pela teimosia de Sócrates que vai sacando coelhos da cartola. Senão vejamos: no início de Agosto, para não estragar as férias aos interessados, o governo admitiu aproveitar a ideia do anterior executivo – os CIRVER: Centros Integrados de Recuperação Valorização e Eliminação de Resíduos, em locais mais seguros – onde seriam queimados 10 a 20% dos resíduos, contra os 90% previstos pelo PSD e CDS na altura em que governavam. Agora, nestes últimos dias, com metade dos entorpecidos veraneantes "a banhos”, o ministro decide acabar com os CIRVER, cabendo às cimenteiras queimar todo e qualquer tipo de resíduo. E, sem a avaliação de impacte ambiental ! Ou seja, considera-se actual, uma avaliação com 8 anos de idade - até quando é que um estudo é válido(?) - , e ultrapassa-se com estes despachos ministeriais, a verificação se a actual saúde dos Souzelenses permite a queima, ou não!