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11/01/07

Regulamentos para mortes anunciadas...



É verdade: Praia dos estudantes - Lagos - Algarve: a jóia da coroa do turismo português.

Se assim é como referem, uma obra licenciada, o caso é ainda mais grave, porque a permissão/alvará partiu de uma entidade pública, e não simplesmente da iniciativa de um particular, como muitas vezes acontece.

Pergunto a quem isto passou pelas mãos, sejam autarcas, engenheiros, fiscais, construtores: não haveria, para além de um muro de betão, outra forma de sustentar ou prevenir o deslizamento da falésia, que está a ser precipitado pela moradia que está em cima? Mesmo que não tivessem meios técnicos,... não lhes ocorreu que poderia existir um departamento de engenharia civil na Universidade do Algarve/Escola Superior de Tecnologia (e existe, de facto)? E os pareceres das entidades competentes, que devem ser consultadas em (hipotéticos) licenciamentos destes? Onde estão? E o Plano de ordenamento da orla costeira? Há algum vazio legal para esta praia na costa de Lagos?
Imagine-se agora, por exemplo, que para conter deslizamentos de terras, executava-se igual e "brilhante" solução na praia da Marinha, onde tal fenómeno é frequente?!
O que é que ainda se pode fazer para atenuar os efeitos desta barbaridade?

15/09/06

Uma Verdade Inconveniente

Al Gore, ex-candidato Democrata às presidenciais norte-americanas de 2000, entrou nos últimos dias, pelas nossas salas adentro com uma apelativa e pedagógica selecção de imagens do filme ´Uma Verdade Inconveniente´.

O filme tem um objectivo claro: é mensageiro de uma campanha ecológica. Mas será que fica por aí?

Gore, com certeza que foi inteligente ao utilizar este meio de comunicação global, mas sobretudo pela escolha do tema trazido a debate, que sendo do interesse comum também é actual e preocupante, toca a todos e não divide ninguém – a Ecologia! Porque senão vejamos: se Gore optasse pela via do debate de ideias - democratas vs republicanos - para chegar novamente à casa dos norte-americanos, seguramente que não teria tanto sucesso como o que está a ter.

Assim, já se percebeu que pretende chamar a atenção dos cidadãos para si, ou melhor, do eleitorado norte-americano em óbvia antecipação a uma candidatura às eleições de 2008.

Mas, o surpreendente nesta acção teatral política, não é a acção em si, nada de novo ver um ex-candidato de olhos postos na Casa Branca, é surpreendente sim, o instrumento utilizado para a apresentação de uma mensagem neste novo conceito do exercício político: o objecto de um filme que mostra uma sequência de conferências ecológicas, onde Al Gore se apresenta como um verdadeiro profissional da comunicação, deixando na sombra a imagem cinzenta que se guardou do vice-presidente nos anos doirados de Clinton, que projectaram durante 8 anos, a sua sombra sobre o n.º 2.

Al Gore à frente daqueles ecrãs com imagens em movimento, fotografias marcantes, num ambiente dinâmico e sofisticado, tem um desempenho que impressiona, e que demonstra a sua versatilidade como político e comunicador. Esta última faceta desenvolvida nos últimos anos é que lhe irá garantir, potencialmente, a eficácia para lhe abrir as portas à candidatura por parte dos Democratas. Alguma eficiência já se notou, falta agora o resto.