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05/11/08

Barack Hussein Obama

O que será que sucede depois de a maioria depositar tanta e tanta esperança num só homem? Vamos ver a seguir no campo, o que resulta do "Yes, we can" da campanha.
Até ver os americanos e o mundo têm na mão estas promessas:
Aborto: A favor dos direitos da interrupção voluntária da gravidez.
Afeganistão: Reforço com sete mil soldados do contingente norte-americano (32 mil). As tropas seriam retiradas do Iraque. Obama ameaçou lançar um ataque unilateral a alvos terroristas no Paquistão, caso este país «não consiga ou não actue» contra os mesmos.
Aquecimento Global: Apoia a criação de um fundo, durante dez anos, de 150 mil milhões de dólares (116 mil milhões de euros) para biocombustíveis e energias renováveis (eólica, solar...). Redução em 80 por cento dos gases poluentes em 2050.
Casamento homossexual: Apoia as uniões civis, cabendo aos Estados deliberar sobre as mesmas.
Comércio: A favor da reabertura do Acordo de Comércio Livre Norte-Americano.
Coreia do Norte: Defende a criação de uma coligação internacional forte que acabe com o programa de armas nucleares.
Crise financeira: Propõe um plano bianual e uma taxa de crédito de três mil dólares (2.300 euros) para empresas, por cada emprego criado. Ampliação dos benefícios para os desempregados.
Cuba: Diminuir as restrições nas viagens de parentes e no envio de dinheiro de norte-americanos de origem cubana para familiares em Cuba. Aberto a um encontro com o novo líder cubano, Raul Castro, sem pré-condições. A favor do levantamento do embargo norte-americano se Havana mostrar uma abertura por uma mudança democrática.
Cuidados de Saúde: Cobertura universal.
Defesa: Expressou cepticismo quanto à quantidade de dinheiro que os Estados Unidos estão a gastar no uso de mísseis.
Guantánamo: Encerramento do centro de detenção.
Imigração: Legalização dos imigrantes ilegais que dominem a Língua Inglesa e paguem impostos.
Impostos: Quebra de 80 mil milhões de dólares (62 mil milhões de euros) nos impostos para os trabalhadores pobres e idosos.
Investigação: Apoia a diminuição de restrições federais ao financiamento da investigação de células embrionárias.
Irão: Defende que a diplomacia directa com os líderes iranianos dará aos Estados Unidos maior credibilidade para pressionar por sanções internacionais conjuntas.
Iraque: Inicialmente contra a guerra, opôs-se ao envio de mais tropas para o território. Mas, depois, votou a favor, enquanto senador, de mais verbas para financiar a guerra.
Pena de morte: Defende a pena capital para crimes que justificam a expressão da «raiva» de uma comunidade.
Sudão-Darfur: Condenou a violência, responsabilizando o governo sudanês. Favorável a uma intervenção das Nações Unidas.
Nota: lista retirada do Portugal Diário

15/09/06

Uma Verdade Inconveniente

Al Gore, ex-candidato Democrata às presidenciais norte-americanas de 2000, entrou nos últimos dias, pelas nossas salas adentro com uma apelativa e pedagógica selecção de imagens do filme ´Uma Verdade Inconveniente´.

O filme tem um objectivo claro: é mensageiro de uma campanha ecológica. Mas será que fica por aí?

Gore, com certeza que foi inteligente ao utilizar este meio de comunicação global, mas sobretudo pela escolha do tema trazido a debate, que sendo do interesse comum também é actual e preocupante, toca a todos e não divide ninguém – a Ecologia! Porque senão vejamos: se Gore optasse pela via do debate de ideias - democratas vs republicanos - para chegar novamente à casa dos norte-americanos, seguramente que não teria tanto sucesso como o que está a ter.

Assim, já se percebeu que pretende chamar a atenção dos cidadãos para si, ou melhor, do eleitorado norte-americano em óbvia antecipação a uma candidatura às eleições de 2008.

Mas, o surpreendente nesta acção teatral política, não é a acção em si, nada de novo ver um ex-candidato de olhos postos na Casa Branca, é surpreendente sim, o instrumento utilizado para a apresentação de uma mensagem neste novo conceito do exercício político: o objecto de um filme que mostra uma sequência de conferências ecológicas, onde Al Gore se apresenta como um verdadeiro profissional da comunicação, deixando na sombra a imagem cinzenta que se guardou do vice-presidente nos anos doirados de Clinton, que projectaram durante 8 anos, a sua sombra sobre o n.º 2.

Al Gore à frente daqueles ecrãs com imagens em movimento, fotografias marcantes, num ambiente dinâmico e sofisticado, tem um desempenho que impressiona, e que demonstra a sua versatilidade como político e comunicador. Esta última faceta desenvolvida nos últimos anos é que lhe irá garantir, potencialmente, a eficácia para lhe abrir as portas à candidatura por parte dos Democratas. Alguma eficiência já se notou, falta agora o resto.

12/09/06

O 11 e o 12 de Setembro

O que é que mudou no mundo?

Porque é que nos fazem essa pergunta no dia 11 de Setembro? Porque é que se impõe isso no quinquénio? Porque não no septénio? Porque não no dia 12 de Setembro?
Porque, quer queiramos, quer não, estamos naquele que designam de mundo ocidental, o lado onde há uma CNN e uma BBC. O lado onde está radicada a piedosa e temerosa religião cristã, e porque nos pode acontecer também, em qualquer dia, o mesmo que em Atocha, ou no underground de Londres, ou nas torres gémeas. Lembram-se do cartaz da base das lajes nos Açores? O Barroso também lá estava, ao lado de Aznar, de Blair e de Bush. Mas subsiste a dúvida: será que fixaram a imagem do nosso primeiro-ministro?...talvez, hoje ele é presidente da C.E., mas faz mais “sala” na sua casa europeia de Bruxelas do que outra coisa...
No essencial não mudou nada. De 2001 para cá, no nosso rectangulozinho, só vimos passar algumas fugazes imagens de pessoas em pânico no metro de algumas capitais – mortos também, é certo - só sentimos a cor aos terroristas, ouvimos falar de conspirações e saboreámos um euro e um mundial, queremos feijoadas à semana e sardinhadas ao fim, e com os 3 grandes na Liga dos campeões encerramos até à consoada.
Hoje dia 12, depois de desligar as televisões, arrumar os jornais e fechar os blogs, voltámos para a modorra, para as dívidas ao banco, para os manuais escolares, para a ministra que quer tramar os professores, para o novo bloco central que esqueceu o combate à corrupção, para a contagem dos trocos que (ainda) vêm da U.E....
No essencial tudo se mantém, o nosso egoísmo, o esquecimento a que votamos os refugiados, os sub-nutridos, os filhos dos homens que nunca serão meninos...Será que ainda há esperança? Hoje dia 12, eu acho que sim...