World Trade Center
Não é costume falhar um filme de Oliver Stone ainda em cartaz. Mas, conhecendo o tema, e com esta injecção dos media em torno do September eleven, quase que desisti.
No entanto fui, e estou satisfeito com o que vi.
Apesar da polémica gerada devido à ainda fresca memória dos acontecimentos, a meu ver, este filme não irá contribuir mais para aprofundar os traumas da tragédia, do que as demais peças que gratuitamente passam nas tv´s. Pelo contrário, “World Trade Center”, vem, numa época em que o terrorismo lavra por todo o mundo, sublimar e homenagear, tanto quanto as cerimónias oficiais o fazem, as virtudes que se elevam no ser humano: a força, a coragem e a fraternidade. Só que neste caso, estamos a falar do veículo universal cinematográfico, sendo este e o “Vôo 93” os pioneiros no relato dos acontecimentos de 11/9.
No entanto fui, e estou satisfeito com o que vi.
Apesar da polémica gerada devido à ainda fresca memória dos acontecimentos, a meu ver, este filme não irá contribuir mais para aprofundar os traumas da tragédia, do que as demais peças que gratuitamente passam nas tv´s. Pelo contrário, “World Trade Center”, vem, numa época em que o terrorismo lavra por todo o mundo, sublimar e homenagear, tanto quanto as cerimónias oficiais o fazem, as virtudes que se elevam no ser humano: a força, a coragem e a fraternidade. Só que neste caso, estamos a falar do veículo universal cinematográfico, sendo este e o “Vôo 93” os pioneiros no relato dos acontecimentos de 11/9.
Esta representação não vem à tela como mais um documentário sobre o colapso de duas torres, com aviões a despenhar-se e nuvens de fumo e pó. Nada disso; não há uma única imagem de um avião.
A dimensão trágica colectiva é sentida mas não é dramatizada; é a tentativa de nos dar o real concentrado nas emoções e instintos do ser humano.
As repercussões sociais, económicas e de política externa, do pós 11 de Setembro, são totalmente postas de lado pelo filme. Por estes motivos, não é, nem nunca será, um épico que pretenda entrar para a história a partir da história do fatídico dia.
Oliver Stone, narra-nos simplesmente, a história de uma corporação da polícia que saiu em socorro dos ocupantes do "World Trade Center", entre 40 a 50 mil, naquele dia. Depois, pega nos 2 últimos sobreviventes e mostra as suas vidas como homens comuns que tipificam o americano médio, e constrói, evitando os clichés desgastados nas tv´s, as suas intervenções nas torres desde a primeira colisão até à entrada no hospital depois de resgatados.
A ideia é materializada em banais diálogos entre os dois, no meio dos escombros que acentuam a angústia e fazem crescer a dor ao pressentirem que a vida se esgota, e que muito ficou por dizer e por fazer. Surge a remissão que qualquer mortal sentiria. O sentimento colectivo do dever de ajuda e o espírito de missão, são também protagonistas, onde figura o “marine retirado” símbolo desses valores na incessante procura de sobreviventes no “ground zero”.
Exceptuando essa aparição do "marine" que dá arranque às buscas sem motivo aparente, só e pelos próprios meios, não há lugar a patriotismos exacerbados que possam estimular o antiamericanismo e o cinema que se apoia neste.
É sublinhado sem embustes, o que é mais importante: o sentimento espontâneo do ser humano de cara lavada, sem qualquer maquilhagem, naquele ambiente adverso. É muito real; pois é. Pode tornar-se aborrecido perto de uma hora de filme no meio dos escombros; pois pode. Mas este dia, em que morreram 2800 pessoas em escritórios de empresas de todo o mundo, merecia outra coisa?
A dimensão trágica colectiva é sentida mas não é dramatizada; é a tentativa de nos dar o real concentrado nas emoções e instintos do ser humano.
As repercussões sociais, económicas e de política externa, do pós 11 de Setembro, são totalmente postas de lado pelo filme. Por estes motivos, não é, nem nunca será, um épico que pretenda entrar para a história a partir da história do fatídico dia.
Oliver Stone, narra-nos simplesmente, a história de uma corporação da polícia que saiu em socorro dos ocupantes do "World Trade Center", entre 40 a 50 mil, naquele dia. Depois, pega nos 2 últimos sobreviventes e mostra as suas vidas como homens comuns que tipificam o americano médio, e constrói, evitando os clichés desgastados nas tv´s, as suas intervenções nas torres desde a primeira colisão até à entrada no hospital depois de resgatados.
A ideia é materializada em banais diálogos entre os dois, no meio dos escombros que acentuam a angústia e fazem crescer a dor ao pressentirem que a vida se esgota, e que muito ficou por dizer e por fazer. Surge a remissão que qualquer mortal sentiria. O sentimento colectivo do dever de ajuda e o espírito de missão, são também protagonistas, onde figura o “marine retirado” símbolo desses valores na incessante procura de sobreviventes no “ground zero”.
Exceptuando essa aparição do "marine" que dá arranque às buscas sem motivo aparente, só e pelos próprios meios, não há lugar a patriotismos exacerbados que possam estimular o antiamericanismo e o cinema que se apoia neste.
É sublinhado sem embustes, o que é mais importante: o sentimento espontâneo do ser humano de cara lavada, sem qualquer maquilhagem, naquele ambiente adverso. É muito real; pois é. Pode tornar-se aborrecido perto de uma hora de filme no meio dos escombros; pois pode. Mas este dia, em que morreram 2800 pessoas em escritórios de empresas de todo o mundo, merecia outra coisa?
2 comentários:
Caro VF, concordo em absoluto... Ja tinha descrito assim o filme no meu mundo, e tive logo alguém que não o viu a criticar, dizendo que era propaganda americana...
Abraço
Nada como ver, para crer. A estes filmes é-lhes sempre asocidada uma carga política...
Tenho que ler isso ao seu mundo!
Um abraço
Victor
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