22/06/06

COMPRAR UM LIVRO AO AR LIVRE, EM VISEU

A edição é a vigésima, e se bem me lembro, esta é a segunda vez que a feira é realizada no mercado 2 de Maio, espaço amplo concebido no âmbito da beneficiação da antiga praça de Viseu, com a garantia arquitectónica de Sisa Vieira.

Qualquer opinião que emita não conseguirei afastá-la da ideia que trago das visitas que fiz este ano às correspondentes do Porto e Lisboa. Vou por isso tentar abstrair-me desses dois eventos, que "per si" já não foram muito do meu agrado.
A de Viseu resume-se a seis participantes. Exactamente, meia dúzia. Das livrarias surgem as incontornáveis Bertrand, Brincolivro, Livraria da Praça e Pretexto. Dos editores a Psico & Soma e a Divisão Editorial do Instituto Piaget.
Nos pavilhões, um pouco maiores que os Lisboa, para facilitar a aproximação aos livros expostos foi implementada a única forma de os fazer chegar às mãos do público, facultando pela lateral a livre entrada para os corredores entre o balcão e os escaparates do fundo.
Apesar do empenho e do brio das casas presentes, novidades editoriais, à primeira vista, não apareceram como era de esperar, nem ao nível regional. A não ser algum título de alguma editora me tivesse escapado no curto passeio deambulante que por lá fiz à tardinha, pela fresca.
Contrastando com alguma exiguidade do espaço para circulação entre pavilhões, sobram à saída as questões acerca da urgente dinâmica a aplicar numa feira instalada nestas condições, e sobretudo depois de satisfeitos os apetites literários pelas principais feiras do país, como é o meu caso e o de outros visienses também, que procuram estes amigos silenciosos.
As respostas não são fáceis de dar, mas devem partir do velho lema da promoção do livro e do incentivo do gosto pela leitura, com actividades que envolvam os mais pequerruchos e os pais em oficinas do livro, ou até sessões de leitura num dos espaços desocupados dos edifícios da praça, não esquecendo encontros entres escritores e conversas entre outros agentes do meio literário local, a fazer nesses mesmos edifícios ou ao ar livre, quicá!
Ah, e recordem-se, especialmente as senhoras, de deixar os saltos finos em casa! As juntas da calçada não deixam…

2 comentários:

Anónimo disse...

É excelente a nova possibilidade de entrar nas barracas e aplaude-se.
Por outro lado o espaço continua, sobretudo à noite, a ser pouco agradável e escuro!
O cartaz é o mesmo há vários anos e é mais apropriado para feiras de livros usados e alfarrabistas!

Victor Figueiredo disse...

Com certeza, é de aplaudir o acesso total aos pavilhões.
Onde andam esses, os alfarrabistas ?
:)
Obrigado pela visita.