A corrida de Diego
Pelé, muito francamente, conheço mal, até porque as reminiscentes imagens dos meus primeiros mundiais não alcançam nenhum jogo que o brasileiro tenha feito.
Eusébio, o “pantera negra”, preservo a sua referência no pedestal do meu breviário, embora também não tenha vivido a época de ouro da selecção dos magriços. Recordo sim, a velocidade, a força e a genuína emoção de viver futebol religiosamente revisitada todos os mundiais pela RTP, com uma nostalgia renovada de quatro em quatro anos, ao ritmo das sóbrias camisolas vermelho vivo “retocado” (agora num hipermercado perto de si).
Maradona, México 1986, Aztec Stadium. Revi-o agora na RTP 2, no célebre jogo contra a Inglaterra onde a mão de Deus desceu ao relvado e tocou na bola antes de entrar, para logo a seguir passar por toda a frota do almirante "Nelson" entregando a bola ao inevitável destino, num dos mais geniais, senão o mais genial golo da história dos mundiais. Como o documentário referiu: “a metáfora de uma nação”.
Maradona não foi somente o melhor jogador de futebol da sua época, foi também o símbolo de uma Argentina renovada que pode ir do Boca Juniors aos píncaros do mundo. Foi o melhor intérprete do tango dos relvados que com o drible mostrou a arte que os pés podem fazer, a mesma que ilude os adversários.
Ainda me lembrei de ver os resumos do dia, Inglaterra-Suécia e Equador-Trinidad, mas não me entusiasmaram, pois El Pibe de oro ainda marcou os dois memoráveis golos contra a Bélgica, e levou à final a selecção argentina onde se sagrou campeão mundial. México - 1986.
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