Pela posição atribuída no ranking ibérico, só pode tratar-se de um investimento colossal. Uma das maravilhas portuguesas do mundo moderno..., talvez apenas no domínio arquitectónico/urbanístico, porque no domínio económico e de mercado deixa-me com algumas reservas. Senão vejamos, o colosso do investimento - disso não há dúvidas - tem que ser proporcional ao aglomerado urbano, que no caso de Viseu, não é colossal. E, por mais que apresentem áreas de influência com as quais este novo empreendimento comercial/empresarial possa contar, e desenvolver, não passam de projecções que, a meu ver, estão a ignorar a dinâmica de outras áreas de influência já consolidadas, como é o caso de Coimbra, Aveiro e Covilhã.
As áreas (crónicas) ainda a explorar, são as vilas e cidades sedes de Concelho em torno da capital do Distrito, sempre à sua mercê, e o nicho que se estende na direcção de Castro Daire/Lamego e Celorico/Guarda, sendo este último um caso surpreendente de inércia empresarial ao nível das grandes superfícies.
No caso do eixo da Serra da Estrela, a atracção também suscita algumas dúvidas, sobretudo devido à proximidade do Serra Shopping/Covilhã à "Torre" e às unidades hoteleiras que enchem somente no Natal, pois nem a hipotética ligação da Pista de Gelo do Palácio ao turismo e desportos de Inverno da Serra, será factor determinante - não nos esqueçamos que quem vem do sul para a "neve", na volta, desce novamente à Covilhã para ir à "borla" na A23 de regresso.
No caso de Coimbra e Aveiro, não é realista apostar na atracção de potenciais clientes provenientes desses eixos; como referi, estão consolidados, e Coimbra actualmente viu a sua oferta aumentar de forma abrupta.
Com certeza que o estudo de mercado, o projecto de investimento, etc..., previram todas essas variáveis, e só subsiste o desejo do sucesso, afinal é disso que precisam os nossos empresários locais, que se irá reflectir no desenvolvimento económico e urbano de Viseu.