08/11/07

Presunção e água benta, cada qual toma a que quer

No parlamento segue o debate, o duelo (sentido individual) ou batalha (no colectivo), pela melhor performance discursiva, pela demonstração do brilho retórico que culmina na defesa da honra ao invés de se iniciar e terminar no orçamento de estado para 2008, cujas opções nos preocupam mais do o verbo de belo efeito.
Sem acesso às emissões televisivas, leio no DN on-line um artigo de João Pedro Henriques sobre o assunto. Vejo apenas referências ao espectáculo e aos protagonistas. Da essência do orçamento, nada. Zero.
Fala-se da reacção do líder do PSD sobre o desempenho de Santana Lopes, referindo que Sócrates foi feio com Santana por não respeitar e maltratar um ex-PM.
Complementa a crónica com as declarações metafóricas de Menezes, fazendo, logo a seguir, um juízo sobre a cultura da esmagadora maioria dos portugueses. Segundo o cronista a essa "esmagadora" não alcança as seguintes frases: "Depois de Austerlitz há sempre um Waterloo", rematando Menezes com “Sócrates há-de ter o seu Waterloo”.

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