O Sétimo Selo, José Rodrigues dos Santos
Eis o novo romance de José Rodrigues dos Santos. Segundo deduzi do prólogo distribuído pelo DN este sábado, trata-se de um thriller em redor de um tema central que está na ordem do dia: o aquecimento global e esgotamento das reservas petrolíferas. À semelhança de A Fórmula de Deus e de uma investigação profunda, surgem paralelamente as explicações científicas colhidas a partir de especialistas da área, recheando assim o conteúdo com uma informação que irá "deliciar" o leitor. Novamente cabe ao romance o papel de difusor do conhecimento, misturado-o com o prazer da leitura (para quem gosta do estilo de JRS, claro está).
Na oportunidade é que está o ganho, diz Carlhos Fiolhais, cientista da universidade de Coimbra. Depois da exploração do filão da Ilha das Trevas timorense, de com A Filha do Capitão ter preenchido a lacuna da falta de um romance português sobre as trincheiras de 1914-1918, do ovo de Colombo que foi o Codex 632 e da aventurosa invocação do nome de Deus na respectiva fórmula, eis que aí estão as alterações climáticas.
Na entrevista dada ao DN, penso que foi dada resposta a uma das questões com que sempre me interroguei, acerca do tempo disponível que JRS possuía para escrever todos os anos um romance de 600 páginas:
- Já explicou que não se recusa cumprir horários, respeitando aqueles que lhe impôem o trabalho e as chefias. Conseguiria escrever um livro de seis em seis meses com o horário de um jornalista "normal" - ou mesmo com o horário que tinha quando era director de informação?
- Não só conseguia, como consegui. A Filha do Capitão, o meu mais volumoso romance, foi pesquisado e escrito integralmente quando eu era director de informação.
- Cita, no final do livro, mais de uma dezena de volumes consultados. Como consegue conciliar o trabalho, nomeadamente a apresentação no Telejornal e as aulas dadas na faculdade, com uma pesquisa tão promenorizada e a produção de um livro por ano?
- Trabalho muito rápido. Escrevo profissionalmente desde os dezassete anos e é normal para mim redigir dez páginas num único dia. Quanto à pesquisa, ela resulta sem dúvida do meu treino académico.
- Diz que pesquisa e escreve muito rapidamente e até já chegou a redigir 20 páginas num dia, e que se não fosse preguiçoso poderia escrever dois romances por ano. Não sente a necessidade de rever, corrigir, desfazer e voltar a escrever mil vezes antes de publicar?
- Claro que sim. Aliás devo ter lido O Sétimo Selo umas vinte vezes, sempre a corrigir, a cortar e a acrescentar, até me dar por satisfeito.
9 comentários:
Os livros do José Rodrigues dos Santos não me convecem de todo, excepto as crónicas de guerra. Uma nota, aprecio a divulgação do Enrique Vilas-Matas, boa escolha e gosto! ;)
É a minha faceta científica a mostrar a cara, sobretudo num tema de inegável importância.
Por outro lado, já não me parece que vá ler A fórmula de Deus. Até critiquei a pretensão do autor, na altura.
Sim, também admiro o Vila-Matas. Para além de abordar temas que me interessam, parece-me honesto, sensível e inteligente.
uma ligação
http://valedosousa.blogs.sapo.pt/139855.html
mas o que é que o 666 tem haver com o tema do livro?
eu tou a ler a formula de Deus e tou a adorar...
Estou neste momento a meio do livro e estou a adorar!!
Como sempre gostei de ler livros de tema religioso e social ao mesmo tempo, este livro encaixa-se na perfeição. Bons para as mentes novas e curiosas (como a minha que ainda só tem 19 anos).
Bem , ainda estou a começar a ler o livro mas admito que me provocou uma imensa curiosidade quando o vi pela 1º vez !
Confiando na palavra ' Bons para as mentes novas e curiosas ' não me irei decepecionar , visto que tenho 16 anos ! x )
Eu ja' li o Sétimo selo , A Fórmula de Deus e o Codex 632 de José Rodrigues dos Santos !
Comecei pelo Sétimo Selo e adorei !
Despertou.me curiosidade e li.os . . .
PS: tenho 14 anos xD
O Sétimo Selo foi o melhor livro que eu já li.
Claro...ainda só tenho 14 anos e ainda não li muitos livros, mas penso que José Rodrigues dos Santos tem muito talento.
Ele tem uma forma de escrita muito simples e directa, o que facilita a vida do leitor.
Esta é a capacidade que eu mais admiro num escritor.
Agora estou curioso de ler A Formula de Deus e o Codex...
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