03/07/07

The Curse of James Dean´s Porsche

Basta de coisas tão sérias e tão carrancudas. Apesar da teimosia das nuvens, no último fim de semana o verão deu mostras do que vai valer este ano e do que a estação vai trazer : calor com ou sem onda. Se é ou não, a ver vamos.
Estamos, portanto, a entrar na época em que os "convertibles" começam a sair das garagens para o asfalto. É tempo para colocar o "coração ao alto", como tão bem dizem os meus amigos. O que se leva desta vida, afinal?

Por falar em "cabrio´s", de vez em quando dou um pulo à leiloeira nacional mais conhecida, onde na página de apresentação saltam aos olhos, pelo menos, 2 a 3 automóveis em destaque. Há pouco, fui à dita leiloeira e dei de caras com um Porsche 356 Speedster Cabrio, réplica construída em 2000, com um motor VW 1640cm3.

Lembrei-me logo, das linhas semelhantes do carro, ou melhor, do último carro que James Dean conduziu - um Porsche Spyder 1955. Um belo bólide para a altura, prateado, rápido e maneirinho. Mas, ao que parece, devido à leveza os seus predicados ficavam por aí, apesar de se tratar de uma série especial com somente 90 unidades construídas.

Jimmy Dean foi avisado por alguns amigos que conheciam o modelo e que pressentiam algo de errado com a máquina. Contudo, Dean, apaixonado pela condução e corredor bastante experimentado, já se tinha inscrito nas corridas de Salinas, desse ano.
Ao dirigir-se, numa estrada nacional da Califórnia, para a zona de Salinas, ao lado do seu mecânico, faria nesse percurso a última viagem ao volante daquela seta prateada, carinhosamente apelidada por "little bastard".

Estas imagens trazem-me sempre à memória um documentário que vi sobre a vida do actor James Dean, que apenas fez 3 filmes (A Leste do Paraíso, Fúria de Viver e O Gigante), referindo o apresentador que neste acidente mortal se tinham perdido dois excelentes actores: James Dean e Marlo Brando, doravante sem rival.

A história da vida de Jimmy Dean, tantas e tantas vezes contada até se tornar no mito da jovem promessa de Hollywood que perdeu a vida aos 24 anos, vem complementar, em certa medida, a ideia com que iniciei o texto. No entanto, sem querer moralizar esta oportunidade, faço dela um pequeno momento de reflexão, para que relembremos que na estrada e mesmo ao volante de um excelente automóvel, nem sempre tudo são rosas. Que o episódio do acidente de James Dean seja lido para sejam retiraradas as devidas conclusões.
A satisfação de possuir um carro que se goste, a segurança, a boa disposição e a sorte, são a fórmula perfeita.

6 comentários:

Cazento disse...

Viva, Víctor!

Só de olhar para esses carros até se fica logo a sonhar.

Eu também já tinha lido este artigo do link (entre vários outros na Net) sobre o carro de Dean, quando escrevi uma opinião sobre um filme lá no outro lado. ALiás, há décadas atrás e curiosamente, li um artigo muito semelhante a este numa revista de um culto religioso. O que confirma que de facto a chamada maldição do Porsche de Dean já vem de longe.

Pessoalmente custa-me um pouco a acreditar em forças maléficas. Até porque os acidentes mortais nas corridas de automóveis, fosse em que categoria fosse, eram o pão nosso de cada dia dos pilotos de corridas nos anos 1950. Portanto, aqueles dois pilotos cujos carros tinham partes do Porsche de Dean, terem sido vítimas de acidentes, um deles mortal, não tem nada de surpreendente. Na verdade, quantos outros pilotos de corridas morreram nessa mesma altura? Dezenas deles, sei eu. È só ir ver à Fórmula 1, a Le Mans, a Indianápolis, etc.

Já os outros incidentes não são de facto tão naturais, mas também é difícil saber se são todos verdadeiros. Porém, admito que a consciência de que aquele era o carro de Dean, e onde ele tinha morrido num acidente, pode ter criado um efeito psicológico que gerasse uma "atmosfera" favorável a descuidos e coisas do género, que levassem aos acidentes. Enfim, nunca se saberá.

Um abraço,

João

Victor Figueiredo disse...

Viva João!

Pois estou recordado, de uma opinião onde falou deste tema.

Eu também não acredito nessas questões do oculto, maldições, etc...
Não acredito na generalidade. E neste caso de James Dean, muito menos. Senão vejamos, o acidente e a forma como nos é descrito é perfeitamente normal. Por outro lado também não me lembro de ninguém que quisesse amaldiçoar o actor. A não ser o M. Brando devido à rivalidade ou o Paul Newman :) Ou alguém das corridas - mas estas competições seriam assim tão renhidas? (não me parece)
Antes pelo contrário, a vida nem sempre sorriu a Dean, perdeu a mãe cedo, uma infância difícil, teve azar nos amores. E este, verdadeiramente, é que teria razões para amaldiçoar a vida a alguém, sobretudo quando lhe roubaram uma "quase" noiva...

Os outros acidentes, e as histórias contadas e razões invocadas, não serão fruto da imaginação de mentes supersticiosas? Acredito que há para eles uma explicação física perfeitamente credível.

A minha convicção é de que, quando vamos ao volante, uma boa viagem depende muito de nós, do grau de confiança, do cuidado que temos com as manutenções e da segurança do veículo. Estes são os factores que ainda conseguimos controlar. Outros há, como o estado do piso, as condições atmosféricas e os terceiros, que não conseguimos controlar nem prever com tanto rigor. Dito isto, estes dois conjuntos de factores conjugados com a fortuna, é que ditam o resultado. (isto para não entrar na análise científica do risco, que é igual à probabilidade vezes a sua severidade).

Mas, se andarmos também a cismar nisso, não há gozo qualquer, assim sendo: Coração ao alto, e aí vamos nós!

Um abraço,

Victor

Cazento disse...

Pois, e essa tal quase noiva acabaria por se suicidar anos mais tarde.


Agora o que me diz em relação ao facto de estar nas nossas mãos o controle de vários factores quando vamos ao volante, e por sua vez outros que não controlamos. Pois, digo-lhe que acho isso uma reflexão muito interessante. E pode parecer simples mas não é.

Eu, ao contrário da maioria das pessoas que olha para os acidentes de viação de uma forma puramente emocional sem reflectir absolutamente sobre eles, estou plenamente convicto que a esmagadora maioria dos acidentes rodoviários estão nos tais factores que em determinado momento ou não os soubemos controlar e cometemos um erro que levou ao acidente, ou pura e simplesmente confiámos na sorte, esperando que da parte de terceiros uma determinada manobra não se realizasse.

No primeiro caso o erro é cometido porque o condutor não prevê uma determinada situação, ou perante uma situação de perigo executa uma acção errada na sua relação com a máquina e desta com o ambiente em que circula.

E basta tomarmos como exemplo alguns acidentes conhecidos de algumas personagens mediáticas.

No segundo caso o condutor até sabe que está a entrar numa situação de perigo, mas confia na sorte. Esse foi o caso de Dean. Ele viu que o Donald Turnuspeed ia virar, mas confiou que ele veria o seu carro e que pararia para lhe dar passagem. Só que o Donald não o viu porque o carro era muito baixo, era cinzento e o sol estava contra ele, de modo que o carro de Dean estava como que camuflado pelo asfalto, o que impediu que o Donald o visse e por isso não parou, interceptando a trajectória de Dean e provocando a colisão.

Penso que este tipo de situação em que confiarmos na sorte, partindo do princípio que terceiros nos vêem e não vão fazer determinada manobra colocando-se na nossa trajectória, é algo que acontece à maioria de nós quase diariamente. É frequente deparar-me com essa situação e reflectir sobre isso.

Pena que as autoridades e pessoas influentes nessa matéria nunca tenham sabido sequer reflectir no assunto. Enfim...

Victor Figueiredo disse...

Viva, João.

Desculpe só responder agora, mas está a suceder algo inédito: os comentários do blog estão a ser considerados como spam. Já viu isto?

Quanto à reflexão a que as manobras de "terceiros" levariam, digo somente que teríamos pano para mangas! Mas uma coisa eu concordo em absoluto, é a de que nós conseguimos controlar quase tudo que está ao nosso alcance quando estamos ao volante: sempre existe a segurança passiva, activa, enfim uma série de dispositivos que existem hoje em dia. Isto claro, para além da nossa sensibilidade e grau de prevenção, como por exemplo fazer a verificação de simples aspectos como o estado dos pneus, das pastilhas dos travões, dos níveis dos fluídos do carro, etc... Agora, é nos terceiros que reside a incógnita, e é aí que temos que nos acautelar. Por isso vivam as auto-estradas :)

Por falar nisso: ainda tenho que verificar umas coisitas na viatura antes de embarcar na transumância anual do norte para o sul...

Eheheh! Isto é típico do portuga, mas o que é que eu hei-de fazer? Adoro o mar, com água morna nem se fala, o miúdo idem, adoro viajar de carro, para Espanha não vou, o que é que me resta? Estamos conversados.

Um abraço e boas férias, se for o caso.

Victor Figueiredo.

Anónimo disse...

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