A primeira sobre a rainha Elizabete I, filha de Henrique VIII e de Ana Bolena, num filme que explora a sua paixão por Walter Raleigh, o navegador inglês que deu o nome de Virgínia a parte da costa leste do novo mundo. Virgínia, em honra à jovem virgem rainha que se entregou de corpo e alma à pátria inglesa e que continuou a defender a igreja anglicana fundada por seu pai.
Elizabete não chegou a conhecer a mãe, 2.º esposa do luxuriante e impiedoso Henrique VIII, numa lista de 6 consortes... Reza a história que ao descobrir a infelicidade de sua mãe - Ana Bolena -, enquanto esposa do soberano, jurou que nunca seria dominada por um homem. Viveu dividida entre duas facetas: a de simples mulher e a de monarca, tendo prevalecido para a história a da mítica estadista determinada e corajosa que defendeu a Inglaterra das pretensões de Filipe II e da sua terrível Armada, vencendo-a no canal da mancha sob o comando de sir Francis Drake.
Elizabete I é sobretudo, retratada na solidão do topo hierárquico do estado, bem como a corte e as suas aias, os conselheiros e o sistema de informação que controlava os apoiantes da igreja católica romana, encabeçada por Mary Stuart, a rainha da Escócia e pretendente ao trono inglês, aliada de Filipe II - Filipe I de Portugal.
A segunda - o livro, complementa o filme e ajuda, com a narração de Elizabete, a compreeender como Henrique satisfazia os seus desejos e se desfazia das consortes quando já não interessavam; como se desentendeu com outros monarcas, como desafiou o Papa ao pretender anular o casamento por este autorizado em Bula com Catarina de Aragão, a primeira de todas.
Intriga, amor, traição e sangue, portanto. E muito.
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