à vezes, umas compras em Lisboa e no Porto
Na quinta-feira da semana passada fui à feira do livro do Porto. Tinha passado primeiro em Aveiro pelos mesmos motivos, mas como o espaço era ao ar livre e a descarga pluvial incontinente, zarpei sem demoras em direcção à invicta. Aqui a feira sempre é feita - por enquanto - no antigo Palácio de Cristal, nome que continuo a preferir ao actual pavilhão Rosa Mota.
Ia às compras, e acabei por comprar mais amigos silenciosos. Logo em Aveiro, arregalei o olho a duas edições bastante antigas: Memórias de um Sargento de Milícias - Europa-América, e as 24 horas da Vida duma Mulher, de Stefan Zweig - Civilização, 1963. Gastei 1 euro em cada e um sorriso no canto da boca.
Já no Porto, o apetite foi maior, qual rato de feira em que me ando a tornar. Marcharam, uma edição dos Livros do Brasil, de Fahrenheit 451 - Ray Bradbury, a 6,8€, e da Asa, sem grande golpe de asa, trouxe a Encomendação das Almas de João Aguiar, claro está. Foram 6€. Depois encontrei umas pechinchas descontinuadas na Ulisseia: Um Rapaz da Geórgia, de Erskine Caldwell - procura-se ainda do mesmo A Estrada do Tabaco, sem grande sucesso. Apesar disso, veio O Ente Querido de Evelyn Waugh. Com mais estes dois riscados da lista, começava a antever um final de dia triunfal. Foram 2,5€ por livro, diga-se.
Ia às compras, e acabei por comprar mais amigos silenciosos. Logo em Aveiro, arregalei o olho a duas edições bastante antigas: Memórias de um Sargento de Milícias - Europa-América, e as 24 horas da Vida duma Mulher, de Stefan Zweig - Civilização, 1963. Gastei 1 euro em cada e um sorriso no canto da boca.
Já no Porto, o apetite foi maior, qual rato de feira em que me ando a tornar. Marcharam, uma edição dos Livros do Brasil, de Fahrenheit 451 - Ray Bradbury, a 6,8€, e da Asa, sem grande golpe de asa, trouxe a Encomendação das Almas de João Aguiar, claro está. Foram 6€. Depois encontrei umas pechinchas descontinuadas na Ulisseia: Um Rapaz da Geórgia, de Erskine Caldwell - procura-se ainda do mesmo A Estrada do Tabaco, sem grande sucesso. Apesar disso, veio O Ente Querido de Evelyn Waugh. Com mais estes dois riscados da lista, começava a antever um final de dia triunfal. Foram 2,5€ por livro, diga-se.
Desnaturado não sou, e pensando nas leituras que hão-de vir para o pimpolho, a 1,5€, comprei um livro de banda desenhada duns Contos de Oscar Wilde. Logo a seguir, sem esquecer uma abordagem, a permeio, por uma simpática e acalorada promotora do Círculo de Leitores, comprei na Verbo, 3 livrinhos com a chapa do edificante Plano Nacional de Leitura: Miguel Strogoff, Guerra e Paz e Mulherzinhas. 2€ por título. E enquanto fora do "pavilhon" tripeiro, a água não dava tréguas, saltava ao preço da chuva para o cabaz, um jeitoso guia de viagem da Big Apple.
Evocando os Pink Floyd, onde se pode ouvir uma caixa regi$tadora no tema Money, feita a conta final desembolsei uns módicos 29,30 euros.
Paralelamente, embora tratando-se de ocorrências distintas no espaço e no tempo, ontem, quarta-feira, Carlos Queiróz e o homem de topo do futebol do Manchester United, vieram a Lisboa às compras. Mas antes deixaram passaram pelo Porto, para irem também, adivinhe-se: às compras.
Paralelamente, embora tratando-se de ocorrências distintas no espaço e no tempo, ontem, quarta-feira, Carlos Queiróz e o homem de topo do futebol do Manchester United, vieram a Lisboa às compras. Mas antes deixaram passaram pelo Porto, para irem também, adivinhe-se: às compras.
Não sei se foi num pavilhão ou a céu aberto, consta-se que na capital devem ter feito um bom negócio, pois levaram no saco um sério candidato a best-seller internacional. O título: Nani. Ainda temm imensa margem de progressão... No Porto, talvez já em pavilhão, os viajantes ingleses M. United, negociaram a aquisição de uma obra de origem e inspiração na clássica fantasia sul americana, com raízes africanas, designado por Anderson e que promete vender bem entre os red devils.
Ambas as transacções foram feitas, embaladas e carregadas na mala. Segue-se agora uma tradução para o inglês, desmarcando-se da génese da língua-mãe.
Ambas as transacções foram feitas, embaladas e carregadas na mala. Segue-se agora uma tradução para o inglês, desmarcando-se da génese da língua-mãe.
Deus - ou o Diabo - os guarde e muito boa viagem, que por cá as suas editoras de origem, arrecadaram 50,5 milhões de euros. (vá, agoram corram para o Brasil às compras, mais uma vez...)
EM SUMA: uns, os editores, nestas feiras, têm como grosso das vendas os fim de stocks e edições que empestam prateleiras, porque disso necessitam como de pão para a boca. Os 2 ex-clubes de Nani e Anderson, que os criaram e formaram (com o Nani nem se fala), e com a sua ajuda ganharam os títulos deste ano, vêm agora as suas empresas gestoras, pura e simplesmente vender parte da alma do clube, como quem bebe um copo de água ou como quem lê a Margarida Rebelo Pinto.
EM SUMA #2: Rendo-me. É difícil marchar contra os canhões desses Manchester´s...
4 comentários:
Ora aí estão vários livros excelentes, que valem bem preço que pagou por eles (e mais que fosse...) Destaco, sobretudo, o Bradbury, o Zweig e o Waugh. Excelentes, todos.
Viva, Víctor!
Então prefere o nome antigo em vez de Pavilhão ROSA MOTA? LOL!
Lá terá as suas razões, mas eu acho que as compreendo...
Em relação aos livros parecem-me excelentes compras, alguns conhecia, outros deixaram-me bastante curioso, por exemplo esse Memmórias de um Sargento de Milícias. Esse Estrada do Tabaco, que não encontrou, eu já vi o filme há muitos anos e gostei muito. Por acaso também é um livro que gostava de ler, já que vi o filme e gostei.
Um abraço,
João
Quanto ao Fahrenheit 451 do Ray Bradbury, estou na expectativa.
O Zweig considero-o extraordinário.
O Waugh fica para quando estiver com pachorra para os policiais.
Pois é João, não que tenha alguma coisa contra a Rosa Mota, mas Palácio de Cristal sempre.
Pelo que sei, a construção original foi demolida em meados do século passado. Seria um edifício em granito, aço e com amplas superfícies vidradas, inspiradas nas grandes obras vitorianas inglesas. Deu lugar a um "belo" edifíco em betão..., e depois quiseram torná-lo num pavilhão desportivo quando o espaço é mais multiusos do que outra coisa. Ainda por cima tanto pavilhão e estádios que há no grande Porto, com exclusividade para a práctica desportiva, que bem poderiam ter dado a qualquer um o nome da grande atleta.
Por exemplo o estádio da Maia poderia ter sido Rosa Mota...
Não sabia que a Estrada do Tabaco foi adaptada ao cinema!
Um abraço,
Victor
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