10/06/06

Dia de Portugal – Dia de Camões

Este símbolo do mundialmente conhecido Google, poderia ser o que actualmente melhor ilustra Portugal perante o mundo. Mas não é.
Portugal já não mantém as sólidas fronteiras culturais, políticas e económicas com que solitariamente existiu com as suas colónias, durante cerca de 40 anos de Salazarismo e Marcellismo. Existiu porque não pretendia evoluir como as outras nações o faziam, a democracia não era tida como objectivo para Portugal, nem tampouco a liberalização, para os homens do regime eram princípios interessantes mas que não tinham aplicação prática em nós.
Hoje vivemos em democracia, e as fronteiras deveriam existir somente para estabelecer a identidade da nossa nação, não devendo constituir, sobretudo as educacionais, obstáculo à criação de uma sociedade aberta, liberal e sem preconceitos. Ao invés há uma grande massa inerte que dificulta a produtividade, administrando a coisa pública com o fabrico legal de dificuldades ao cidadão e promovendo facilidades no lado obscuro dessa mesma administração.
A Europa à qual pertencemos expande-se para leste, alargando-se a outros países. São poucos os nossos industriais que aí apostam, mas ainda os há. A China cresceu tornando-se no gigante que não surpreendeu ninguém, e o nosso crescimento para este ano prevê-se em 1% (um valor bom para Sócrates!...) o que é pouco para um país que estagnou há 5 anos. Sobra-nos, até ver, a curto prazo (o curto prazo de sempre) o futebol para nos fazer sentir bem e pensarmos que isto nem está assim tão mal.

No segundo "O", do google, a esfera armilar manuelina para lembrar a grande epopeia marítima portuguesa.

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