21/05/06

Quinta da Magarenha

Pouco passava da 8 e meia da noite, quando a aniversariante me ligou a combinar o local para o jantar de comemoração do seu 33.º aniversário. Àquela hora e ainda por cima a uma 6.º feira, o pico do fim de semana, para mim, pois acabamos de sentir a leveza das amarras largadas de uma semana de trabalho, decidiu-se ir à Quinta da Magarenha, junto ao nó do IP5 o mais oriental de Viseu.
Confesso que nunca gostei do sítio, não pelo serviço, mas por aquela indústria de restauração, que chega a ter zonas de espera bem maiores que alguns restaurantes da cidade.
Pousei o telemóvel e pensei, à medida que ia atravessando a cidade: chego lá, 5 minutos para estacionar e marcar mesa, e mais 30 minutos por entre martinis na espera, e finalmente hão-de sentar-nos em algum sítio, sítio esse que não irá perdurar nas nossas memórias como agradável a marcar o 33.º aniversário.
Dito e feito.
Estacionei e entrei. Fui marcar mesa. A zona de espera em todas as suas salas estavam ao rubro. Se aqui as pessoas se amontoavam com os miúdos em correrias que tiravam a paciência aos patriarcas da família, imagino na sala de jantar, onde era precisa alguma paz e sossego, afinal de contas era um aniversário. A espera continuou, e a minha mulher chegou.

Enquanto conversávamos sobre o dia que passou iam entrando caras conhecidas; um passou-bem aqui e um olá acolá interrompiam a conversa, e depois questionei-me: porque é que sai tão pouca gente da sala de jantar, não compensando a quase permanente entrada de pessoas sequiosas por 2 dedos de conversa e um jantar “social”?
Que práctica sádica esta de nos mantermos imóveis, uns de pé, outros sentados, como socialite´s de estômago vazio!
Murmurei: basta!... vamos a outro sítio, já passaram mais de 20 minutos; com certeza vamos encontrar, ainda aberta, qualquer coisa mais agradável.

A análise do restaurante:
Sem querer depreciar, o restaurante Quinta da Magarenha, foi na última década, um caso de sucesso no sector da restauração em Viseu. A sua localização foi um dos factores chave, a variedade e especialidades da ementa combinados com o serviço, não desmerecem um bom elogio. As áreas das salas são generosas, e a decoração é simpática, dando-lhe um ar que balanceia entre o clássico das paredes, com cortinados e candeeiros, e o típico beirão, com madeiras nobres à vista nos vãos das portas e no tecto, mesclado com algum granito nas fachadas. Os preços, sob o ponto de vista do binómio preço-serviço, são razoáveis.
Todavia, este ambiente acolhedor à primeira vista, é enganador aos fins de semana. Por isso o desaconselho às 6.ªas e aos sábados.

Ah! Muitos Parabéns, pela capicua, ora essa!

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